Olá, os deshis Anderson Willian, Jonathan Dias e Tania Tribess tiveram a iniciativa de criar um podcast para auxiliar os iniciantes em seu primeiro exame de faixa.
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
O Outro Lado do Mundo; Episódio 1
Episódio da primeira série documental em vídeo de Alternativa Online, "O Outro Lado do Mundo", que revela a diversidade da comunidade brasileira no Japão. "Pioneiros" é o primeiro episódio. Três histórias que retratam o início do então chamado "movimento dekassegui" e as dificuldades vividas pelos primeiros brasileiros a desembarcar no Japão. Os choques culturais já começavam no Aeroporto de Narita. O episódio conta, ainda, como eram os primeiros trabalhos nas fábricas japonesas, como era a relação com os nativos e a saudade que estes pioneiros sentiam de suas famílias. Com a participação do jornalista e professor universitário Angelo Ishi, da consultora social Eliza Yuka Sato e do líder comunitário, residente em Iida, Nilton Funabashi.
domingo, 25 de outubro de 2015
Limites e a Necessidade de Equilíbrio
Olá!
Em
nosso último artigo dissemos que o mundo só se abre como mundo quando entramos
em contato com o limite.
Observe
os objetos que há na sua frente neste momento.
Provavelmente há um computador, um telefone celular
ou tablet onde está lendo esse texto
neste exato momento. Deve haver também outros objetos e/ou pessoas. O
importante aqui é, como você, caro leitor, pode distinguir entre um objeto e
outro? Por que não é tudo simplesmente amorfo diante de você?
Você
estará certo se tiver pensado em que os objetos são diferentes uns dos outros.
Um atende a um padrão aprendido do que é um celular por exemplo, outro atende a
outro padrão, e todos provavelmente atendem a padrões de percepção visual
relacionados a profundidade, luminosidade e relações de cores. Você está
interpretando as suas sensações, organizando-as em padrões de forma muito
complicada, sem nem precisar pensar para isso. Essa organização é uma espécie
de enquadramento que estabelece fronteiras entre o que é uma coisa, o que não é
ela e o que é outra coisa, ou seja, limites.
Conseguimos
distinguir uma coisa de outra pois há entre elas um limite, uma fronteira, e só
por causa de limites algo pode existir ou fazer sentido para nós, não sendo tudo
uma coisa só, amorfa e caótica (como era a princípio no início da nossa
jornada). Isso não serve apenas, é essencial dizer, para aquilo que se encontra
aparentemente fora de nós, mas para nós mesmos diferenciarmos o que sou “eu” e
o que não sou “eu”.
A
ideia de limite nos remete, muito naturalmente, ao seu oposto, ou sua ausência,
que tendemos a considerar liberdade. A nossa busca por realização tende a
alguma ideia de liberdade, e isso é muito claro a partir do ponto em que nossa
referência para a felicidade é um estado perdido que facilmente interpretamos
como uma experiência de onipotência (o narcisismo primário), sendo a
onipotência a ausência total de limites. E está aí traçado um dilema
fundamental. Precisamos de limites para podermos existir e ser no mundo, mas os
limites, ou impossibilidades, são justamente aquilo que nos impede uma
felicidade absoluta e perene, por mais que fantasiosa.
Nossa
busca, no entanto, nos leva a caminhar, e a felicidade que podemos almejar
parece estar no equilíbrio entre o anseio de liberdade e a necessidade do
limite. Nada que se tenha feito ou se faça em educação parece atender propósito
muito distante deste, nem nenhuma disciplina ou tradição já criada, e se
continuamos a criar e a melhorar, é que a busca, a vida, permanece a nos
animar.
Pais,
se o limite excessivo enrijece e desconecta a pessoa do seu anseio fundamental,
por outro lado, a falta de limites atrapalha que se firme os pés no chão do
mundo, evita o amadurecimento e favorece os atalhos fantasiosos para sucessos
sem esforço, que parecem estar tão em moda.
O
termo “Ai” de Aikido, representa uma ideia que se pode traduzir como amor, paz,
união, harmonia, em um sentido muito similar ao de que estamos aqui tratando
por equilíbrio.
Até
o próximo texto, onde exploraremos melhor esse assunto! Uma boa semana a todos.
Leandro Barbosa da Silva
Psicólogo – CRP 12/13919
47
9717 4864
47 3027 1728
Espaço
Psicológico D´Etude
R. Alexandre Dohler,
129; Sl. 704
Joinville - SC
Parceiro do Instituto Tachibana de Aikido
terça-feira, 20 de outubro de 2015
Amizade.
Quando você
inicia no Aikido, um universo de possibilidades abre se em sua mente e na sua
vida. Tudo começa quando você conhece pessoas de todas as idades, profissões,
tipos físicos, locais, etc, porque qualquer pessoa pode praticar essa arte.
Naturalmente as amizades surgem, coleguismo, um clima diferente de qualquer
outro local que você já foi. Você deve estar se perguntando, porque no Aikido é
tão diferente assim? Parece até prepotência, achar que ‘o Aikido’ ou a “academia
de Aikido” (dojo) é melhor que os
outros locais, porém, sendo sincero com o leitor, o aikido se torna mais
agradável porque treinamos num DOJO (em japonês, local do caminho de vida), e
no Aikido não existe competição, ou seja, ninguém é melhor que ninguém e todos
se ajudam na evolução, tanto em técnica quanto na parte pessoal. Somos todos
uma grande corrente de boas energias, amigos, ou como a maioria que se identifica
com esse grupo, somos uma família.
Aikido = Arte
da harmônia.
Ai = Harmonia,
amor.
Ki = Energia.
Do = Caminho.
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Toka Koka - Troca Equivalente
“Nada pode ser obtido sem uma espécie de sacrifício. É
preciso oferecer algo em troca de valor equivalente. Esse é o princípio básico
da alquimia chamado lei da troca equivalente, já foi acreditado que isso era
absoluto. Mas o mundo não é perfeito e não existe nenhuma lei que explique tudo
nele. Nem mesmo essa lei aqui abordada, mesmo assim continua-se a acreditar que
não é possível ganhar algo sem fazer sacrifícios. Acreditamos que a dor pela
qual se é submetido com certeza é um sacrifício válido para que se possa
conseguir alguma coisa assim, acredita-se também que, qualquer ser pode
conseguir o que quiser, se tiver algo equivalente para dar em troca. A troca
Equivalente não é uma lei fundamental para o mundo, mas ela existe!” Elric, Edward - FullMetal Alchemist
O termo em japonês para troca equivalente é Toka Koka e pode
ser simplificado com “Para ganhar algo você deve pagar com algo do mesmo preço”. Qual significado disso? É que algumas vezes você sente como se tivesse
trabalhado tanto para conquistar algo, mas tem o sentimento de que quanto mais
você trabalha mais distante da conclusão você fica, nesse momento você percebe
que Toka Koka não é uma constante, sempre que você objetiva algo você tem que
estar preparado para pagar o preço, muitas vezes terá que pagar muito mais que
o planejado, mas eu te pergunto: e daí? Se você trabalhar duro em algo e mesmo
assim não receber nada em troca, pode ter certeza que alguém o esta, sempre
terá alguém lhe observando e que vai valorizar seu trabalho, quando esta pessoa
aparece em nossa vida? Não sabemos, nunca saberemos, mas qual problema disso?
Nenhum, afinal estamos aqui para cuidar e servir das pessoas que amamos.
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
A felicidade em nossos primórdios
Olá!
Em
nosso último artigo levantamos uma série de questionamentos e reflexões sobre a
infância que traçam o caminho que vamos percorrer por aqui. Então, comecemos do
início.
Ao
que parece, algo nos move a acordar todos os dias, a abrir os olhos e enfrentar
a realidade cotidiana, seja qual for, e frequentemente não paramos para pensar
a respeito. Temos nossas metas, objetivos, é muito comum que almejemos algum
sucesso em alguma área da nossa vida, ou que simplesmente sigamos empurrando,
mas por quê? Isso parece simplesmente tão natural, algum instinto de
sobrevivência, uma força de vida que nos impulsiona.
Mas
isso não se dá da mesma forma com todos. Há muitas pessoas que almejam formas
de sucesso altamente destrutivas para o todo em que elas mesmas habitam. Há
quem pareça almejar o franco fracasso e se sabote constantemente. Há muitos que
encontram o prazer nas situações mais dolorosas e outros que parecem subverter
esse “instinto de sobrevivência”, chegando às vezes a tirar a própria vida.
Sobre isso, que parece ser a subversão derradeira à uma “força de vida” que nos
potencializa, é de se notar que quase sempre quem tira a própria vida busca na
verdade se poupar de um sofrimento muito intenso ou, antes, preservar algo de
suma importância que se vê inapelavelmente ameaçado. Quantos já não fizeram
isso por algo como sua honra ou orgulho próprio?
Importa
aqui considerar, no entanto, que há sim uma espécie de norteador, um elemento
organizador da psique que na psicanálise chamamos de objeto (de amor), uma
experiência de felicidade que se dá enquanto ainda somos bebês (no primeiro ano
de vida), que só pode ocorrer devido à nossa imaturidade psíquica. Chamamos
esse período ou fase de narcisismo primário, e convido ao leitor a um esforço
de sua imaginação: Por um momento, você não tem fronteiras, não há realmente um
“você” para falar a verdade, não há distinção clara entre eu e não eu. Há um
fluir por uma infinidade de sensações misturadas, um caos sem tempo e sem
espaço. Mas algo aparece que apazigua essa condição, uma sensação de profundo
apaziguamento, que depois desaparece e o caos sensório começa a se tornar uma
ameaça destoante do alívio e cada vez mais aterrorizante, mas o apaziguamento
retorna, e desaparece, retorna e desaparece... Esse apaziguamento se torna o
eixo central emocional ao redor do qual começam as sensações a se organizar; na
medida em que se torna a referência máxima do prazer, se torna o suporte onde
tudo se apoia para formar mais tarde um “eu”, concomitantemente à maturação
neurofisiológica e motora que proveem as condições para que tal se dê, aos
poucos. No mesmo passo, o caos e a desintegração inicial (as palavras surgem
depois, a experiência inicial é total) se tornam o fundamento emocional da destruição,
do absolutamente insuportável.
Não
podendo contar apenas e simplesmente com um frio e maquinal instinto de
sobrevivência, você precisou de referências emocionais que, no início, não
tinham palavra nem ideia, eram apenas sensação. Concretamente, o que se
passava, nada mais era que a amamentação ou nutrição inicial do bebê
acompanhada de afeto, de toque, sem o que ele provavelmente morreria*.
Mais tarde, revivenciar essas experiências na
íntegra é insuportável para o “eu”, mas as referências permanecem com todo seu
valor norteador, no nosso inconsciente. E a elas damos roupas culturais, como
bem ou mal, felicidade e infelicidade, sucesso e fracasso, se falamos em termos
gerais. Mas isso pode ser diferente e reduzido a especificidades de nossa vida
e nosso comportamento de formas infindáveis, a depender do modo particular como
vivenciamos essas experiências, nossa história de vida e da forma como nos
permeamos pela cultura, o que origina as formas tão diferentes e os motivos tão
variáveis do porquê de levantamos da cama. O “ser tudo” do narcisismo primário
provê a referência da onipotência em nossas vidas, que não conseguimos
sustentar na medida em que amadurecemos. A experiência de fusão com o objeto é
uma felicidade que certamente não parece ser desse mundo, um mundo que só se
abre como mundo a partir do momento em que entramos em contato com o limite,
que será o tema do nosso próximo artigo, e tornará possível também começarmos a
falar sobre a sabedoria filosófica do Aikido.
Será
que o leitor já pode olhar com novos olhos o bebê fofo diante dele? Desejamos a
todos uma excelente semana.
* Sobre o curioso
fato de que tendemos a morrer sem afeto, o leitor pode pesquisar o trabalho de
Montager (1988) sobre os orfanatos que, mesmo com condições ótimas de nutrição
e higiene, apresentavam altíssima taxa de mortalidade de bebês (às vezes
chegando a 100%), explicada pela ausência de contato propriamente afetivo com
os bebês, o toque. E também às experiências com macacos Rhesus realizadas por
Harlow (1963-1968) que demonstrou que a nutrição adequada não era o único
elemento a determinar o desenvolvimento normal dos macacos, que exploravam
muito menos o ambiente e se desenvolviam mal quando criados por uma mãe
artificial, fosse de metal ou de pelos.
Psicólogo – CRP 12/13919
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